Jornalismo Inês Marzano

Friday, April 28, 2017

Saude

De bem com a vida



Envelhecer com saude e qualidade de vida é uma opção muito feliz.
Com o passar dos anos o metabolismo fica lento, as marcas do tempo se atenuam e a lei da gravidade se cumpre nos corpos mortais.
A boa notícia  é que segundo a gereontologia e a psicologia social o envelhecimento aliado à boa saúde física e emocional resultam no bem estar da terceira idade.
Além da boa alimentação, exercícios físicos e pensamentos positivos, os procedimentos estéticos são grandes aliados da maturidade.
Para o Dr Alexandre Orlandi França, o importante é se sentir bem independente da idade. O médico, que já participou de inúmeros congressos e publicações  de multidisciplinas  como osteoporose,  ortopedia, endocrinologia  e cirurgia plástica garante o bem estar através da prevenção. "Devemos prevenir principalmente a diabetes, osteoporose, obesidade e gota, entre outras doenças do metabolismo", disse.

Para mais informações o médico atende na Cemear: (31) 3318-4005 ou 99566-3851

Por Ines Marzano 

Saúde

CASCATA FRATURÁRIA: FRATURA EM PACIENTES COM OSTEOPOROSE, NO BRASIL, E SUBSEQUENTE EFEITOS PARA O MINISTÉRIO DA SAÚDE E PLANOS DE SAÚDE. A URGÊNCIA DE SE TER UM CARTÃO ONDE AS PESSOAS SÃO MONITORADAS AO LONGO DOS ATENDIMENTOS, SEJAM ELES AMBULATORIAIS OU HOSPITALARES.

CASCATA FRATURÁRIA
Dr. Alexandre Orlandi França
Belo Horizonte, 07 de novembro de 2011.


É necessário um olhar mais criterioso sobre a osteopenia e, conseqüente, osteoporose, para compreender e elaborar um protocolo de cuidados multidisciplinares para o controle e a prevenção destas disfunções.
Não cabe aqui discorrer sobre origens ou o metabolismo que levam a estas alterações do tecido ósseo.
Sabemos que a mídia tem sido precursora da preocupação sobre os males da andropausa, menopausa e doenças degenerativas do envelhecimento ou de causas genéticas.
Este impacto chega aos consultórios com o inquirir sobre medicamentos e medidas preconizadas nos meios de comunicação, de uma forma geral, desencadeando assim, eventos médicos: consultas, exames laboratoriais e de imagem.
Há prescrição de cuidados fisioterápicos, e outros fármacos, cálcio, bifosfonados, estrôncio, vitamina D, etc. Em numerosos casos, estas deliberações são abandonadas pelos pacientes e não são monitoradas por equipe médica (algumas dessas equipes são rotineiramente substituídas nas instituições devido a vários fatores).
O médico sempre deve buscar o melhor equilíbrio de trabalho e o usuário perde sua referência, ou, simplesmente, desinteressa-se, combalido pelas dificuldades de manter-se em terapia ou outros motivos.
Este trabalho destina-se a motivar os profissionais de saúde a criarem um método de aderência dos pacientes, a um protocolo e os eventos a que se sucedem com o avançar da idade.
Um dos principais fatores de alerta, geralmente, não são percebidos por equipe médica que atua em urgência de trauma. Trata-se da fratura em paciente com idade acima de 45 anos, ou mesmo abaixo deste limite.
Se neste protocolo, observarmos o conceito de cascata fraturária, que é o ponto de partida para a percepção nos profissionais de saúde, a importância da equipe que atende uma fratura, será valorizar e buscar as causas desta, tendo atenção ao segmento ósseo fraturado.
Esta sucessão de fraturas pode se iniciar nos punhos, dedos, ou em uma entorse, nos tornozelos, e as espontâneas causadas por estresse.
Podem acontecer, e são bem freqüentes, lesões nos punhos, que já indicam o processo em evolução e são mais atendidas em urgências do que as micro fraturas do eixo vertebral, além, naturalmente, de outros pontos do corpo.
O médico que atende a urgência ou avalia uma radiografia, deveria comunicar ao médico responsável pelo paciente ou encaminhá-lo à especialista para o diagnóstico da perda óssea?? (geriatra, ortopedista, reumatologista, ginecologista, endocrinologista ou outro).
É este que seria responsável por um controle eficiente da osteoporose, que bate às portas e fará a prevenção de novas fraturas no futuro??
A consulta para a avaliação de osteopenia ou osteoporose deve ser um evento ímpar, de seis em seis meses, ou com outra cronologia, conforme cada caso. É importante observar que deve ser, exclusivamente, para avaliar e definir atos de prevenção, com o paciente portando um cartão com seu histórico de fraturas ou densitometrias, que seriam documentos de “comunicação compulsória”. Este cartão poderia ser levado, também, aos centros de urgência, sempre que houver um acidente ou for necessário comparecer a uma emergência, onde deveria haver a comunicação compulsória em caso de fratura.
Desta forma, habilmente, se permite avaliar a estrutura do tecido ósseo e a vulnerabilidade do paciente aos traumas e as medidas a serem adotadas. Hoje, o número de idosos no Brasil está em um patamar elevado e, conseqüentemente, há índices de lesões maiores, acima da faixa etária de 70-80 anos

ESPECIALISTAS

O ginecologista trata fatores, tais como, reposição hormonal e o controle das mudanças hormonais na etapa da menopausa, e nem sempre há tempo suficiente na consulta para discutir o uso de medicação para prevenir a osteoporose e a cascata fraturária. Não é rotina ainda, inquirir na anamnese, se houve fratura recente ou lombalgia crônica.
Seria, neste caso, muito importante, uma estreita comunicação do médico assistente a casos de urgência. Isso se aplica, também, ao urologista, com as visitas agendadas para controles diversos, sem esquecer os check ups dos cardiologistas. e outros
Este trabalho a ser feito deve conter elementos preciosos na divulgação da necessidade de se ficar atento à cascata fraturária, e, naturalmente, deve ser exigido do paciente um agendamento a mais de consulta, apenas com o objetivo de se avaliar a osteoporose, excluindo outras queixas naquele evento agendado.
Isso dará ao médico assistente as ferramentas e o manejo adequado na comunicação de intervenção aos clientes e acompanhantes. A disponibilidade dos exames a serem feitos, desde os mais simples, como RX de bacia, até a própria densitometria, trarão benefícios para todos os quadrantes da sociedade, inclusive com declínio do número de cirurgias e outros aparatos de reabilitação pós traumas.
As fraturas que não são percebidas, como as micro lesões no eixo dorsal que vão levando o paciente à cifose progressiva e mesmo na coluna lombar que levam a deformidade, dor e compressões de raízes com posterior dificuldades de marcha, seriam, assim, prevenidas.
A consulta sobre osteoporose ou osteopenia deve ser repetida a cada seis meses, ou outro tempo, de acordo com cada caso, sendo exclusiva para avaliar e definir atos de prevenção de fraturas, feita pelo médico assistente de qualquer especialidade em que o paciente se dirija e confie, pois demanda tempo de explanação e orientação.
O documento de “comunicação compulsória” deve ser portado pelo paciente sempre que for a uma consulta médica. Para a Previdência, encarregada de perícia por afastamento de traumas, poderia exigir o referido documento de comunicação compulsória? Seria exagero imaginar que o evento avaliado seria o primeiro de uma série e que culminaria com uma cirurgia mais ampla? Ou ser um desfecho pior em termos de imobilidade permanente e outras fatalidades?
Para os planos de saúde e os serviços públicos de atenção à emergência, são medidas que, visivelmente, diminuiriam o impacto econômico de internações cirúrgicas de média e alta complexidade, além de cuidados com o tempo prolongado em internações e terapia intensiva. Em termos de saúde pública, teríamos um cadastro e um controle efetivo dos acidentes e conseqüente prevenção mais rígida na distribuição de fármacos e controle densitométrico da população.
Para um resultado menos doloroso ao paciente, menos oneroso aos planos de saúde pública, seria o acompanhamento do ginecologista e outros especialistas, e a inserção da osteoporose, se for o caso, tanto no Cartão de Saúde, e, se possível, nos centros de dados ou um cartão específico para doenças de alta complexidade. Propomos criar um ou dois dias nacionais de prevenção da osteoporose como se faz com as vacinas preventivas.
Observamos, em consulta ao Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais, que há registro oficial de 1.565 ginecologistas, 914 ortopedistas, 102 geriatras, 132 endocrinologistas, 126 reumatologistas e 65 fisiatras.
Fica claro, portanto, que a participação dos ginecologistas é fundamental nesta nossa pretensão e, cabe às instituições, instruir e intervir para o enlace maior destas especialidades.
Portanto, é mister insistirmos na indicação de uma consulta extra, exclusivamente para o diagnóstico e o tratamento das alterações que se trata esse artigo.
A partir de 2012, segundo portaria 940, do Ministério da Saúde – publicada no Diário Oficial da União, - os pacientes atendidos pelo SUS serão acompanhados pelo CARTÃO NACIONAL DE SAÚDE, de caráter obrigatório, em todos os sistemas públicos de saúde no Brasil.
De acordo com o Ministério, o cartão terá o nome completo do usuário, número SUS e o código de barras. Toda e qualquer informação sobre o paciente estará contida nele, desde um simples atendimento ambulatorial a uma intervenção cirúrgica, qual a especialidade, profissional, e a unidade de saúde que prestou o atendimento, ou seja, é um documento de identificação do usuário do SUS, com todas as ferramentas tecnológicas disponíveis para oferecer um atendimento integral e acompanhar a qualidade do serviço prestado.
De acordo com o secretário de Gestão Estratégica e Participativa do MS, Odorico Monteiro, “a identificação dos usuários das ações e serviços de saúde é extremamente importante. Só assim poderemos garantir uma atenção completa ao usuário. Isso permite a organização da rede, das ações e da disposição dos serviços de saúde”. são exatamente esses que oneram os cofres dos planos de saúde, e também do serviço público.
Este artigo vem convidar os colegas a avaliar esta questão e estudar a melhor forma da instituição da comunicação compulsória e se tal evento é importante para a permanente monitorização das fraturas e suas drásticas conseqüências.

É importante ressaltar que os planos de saúde poderiam aproveitar a idéia particularmente peculiar do SUS. Diminuiriam os custos, tratariam o paciente crônico com maior rapidez, atenção e eficiência, pois 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
 RingeJD,Dohertyjg.Absolute risk reduction in osteoporosis;assening treatment efficacy by number needed to treat.Rheumamatology int.2010;(7);863-869; IDanese M et al.poor patient adherence to osteoporosis treatment is associated with an increased rate and coast of hip fracture.Osteoporos INT 2007;18(1)(oral c 41); Rachid M Breban S. Benhanoucl  The chalenges of the bone  Microarchitecture J Soc Biol.2008,202(4)265-73 Epub.2008, Dec 19;  Narciso Vinicius .Azevedo Elaine. Osteoporose em homens Temas de reumatologia clinica.-vol 5 jun ,2004;  Peter V.Giannouds Thomas A.Einhorn David Marsh  Fracture Healing:the diamond concept.Vol 38 sujhl 4 issue supplement 4 ,pags ,83-86; NETO, João Francisco Marques Osteoporose atual problemas e soluções possíveis. S. Paulo .Segmento Farma ,2011; SZEIJNFELD, Vera Lúcia Tratamento clinico da osteoporose Programa de atualização em ortopedia ,2011.; FRANÇA, Alexandre Orlandi .Prevenção de traumas  Condor Boletim,  pag 6 , numero 16,  2006



 Artigo publicado na  Revista da Associação Médica Brasileira, 2011 -  http://www.amb.org.br/teste/index.php?acao=mostra_noticia&id=7568

Trabalho publicado na Revista  Archives of Osteoporosis, 1st Latin America Osteoporosis Meeting - Maio de 2012. Volume 7, Supplement 1.




Artigo: Dr. Alexandre Orlandi França                                                                                                                       
Colaboradora: Maria José Pereira dos  Santos
CRM – MG 9424                                                                                                                                                                        Jornalista - MG
Especialista em Ortopedia e traumatologia /Título CFM 5963                                                                                         Email: mariasantospesquisas@hotmail.com