Monografia do Curso de Jornalismo
FACULDADE
ESTÁCIO DE SÁ BELO HORIZONTE
CURSO
DE COMUNICAÇÃO SOCIAL COM HABILITAÇÃO EM JORNALISMO
FARICIO PAZINI
INÊS MARZANO
PROGAMAS
INFANTIS: QUALIDADE OU EXCESSO?
BELO HORZONTE
2007
FABRICIO PAZINI
INÊS MARZANO
PROGAMAS
INFANTIS: QUALIDADE OU EXCESSO?
Projeto experimental apresentado em
cumprimento parcial às exigências do curso de graduação
ORIENTADOR: Professora Mirian Souza Alves
Belo Horizonte
2007
FABRICIO PAZINI
INÊS MARZANO
PROGAMAS
INFANTIS: QUALIDADE OU EXCESSO?
Projeto experimental apresentado em
cumprimento parcial às exigências do curso de graduação
Aprovado em 26 de junho de 2007.
EXAMINADORES:
____________________________________________
Professora Mirian Sousa Alves- Mestre em
Faculdade Estácio de Sá de Belo Horizonte
_____________________________________________
Tatiana
Faculdade Estácio de Sá de Belo Horizonte
RESUMO
A
televisão informa e diverte, ela é o meio de comunicação mais influente na vida
das pessoas. Atingindo todas as classes sociais, principalmente as crianças,
que são fascinadas pela magia das cores e sons.
O Projeto Experimental, Programas Infantis nas
TVs abertas, foi desenvolvido em formato de uma grande reportagem, a partir de analise
sobre o conteúdo que eles levam para as crianças limitando a cidade de Belo
Horizonte. O documentário foi gravado em áudio e vídeo, com entrevistas as
crianças, nosso principal foco, os pais, especialistas. O produto final deste
projeto consiste em um vídeo de aproximadamente 15 minutos de duração e tenta
mostrar o interesse das crianças nesses programas o que eles chamam atenção
para elas e para os pais.
Palavra-chave: Programa infantil. TV aberta. Criança.
SUMÁRIO
2. HISTÓRIA
E PRINCIPAIS PROGRAMAS INFATIS NO BRASIL
3. REFLEXÃO:
A CRIANÇA E A TELEVISÃO
O Projeto Experimental sobre programas infantis
nas TVs abertas, foi desenvolvido como um produto jornalístico em formato de
áudio visual, através de uma grande reportagem. A ideia e causar impacto e
reflexão, principalmente os pais, através do tema central: Programas Infantis: Qualidade
ou Excesso?
A reportagem é constituída fundamentalmente de
gravações realizadas em áudio e vídeo de entrevistas à crianças, pais e
especialistas, além de um breve resumo histórico dos principais programas
infantis da televisão brasileira, produzidos pelas principais emissoras de
televisão aberta do Brasil, e exibidos na cidade de Belo Horizonte.
O produto final desde trabalho consiste em um
vídeo de aproximadamente 15 minutos de duração, que propõe mostrar o interesse
das crianças nesses modelos de programas, seus atrativos e eventuais problemas
que o excesso pode causar.
O projeto foi desenvolvido a partir discussões e
análise bibliográfica, a partir do sentimento da necessidade de se tratar tanto
o produto televisivo como também o tema proposto, haja visto o interesse dos
autores pelos produtos jornalísticos veiculados pela televisão e a simpatia
pelo público infantil. Este trabalho tem como objetivo transmitir e projetar
uma mensagem positiva dentro do tema abordado, buscando contribuir com
reflexões e análises aos profissionais que desenvolvem seus trabalhos
direcionados ao público infantil.
A segunda etapa apresenta as entrevistas e
comentários feitos com as crianças, especialistas, pais e alguns estudos
apresentados com preocupações e prováveis soluções.
Antes de decidirmos pelo processo televisivo, a
ideia era de uma monografia para mostrar a linguagem jornalística utilizada
pelo Caderno Infantil Gurilândia do Jornal Estado de Minas. Mas em entrevista
com o editor-chefe do respectivo caderno, Jorge Santos, verificamos a
necessidade de analisarmos e produzirmos uma reportagem em linguagem
áudio-visual.
Conforme Jorge Santos, a criança da nova geração
é extremamente inteligente e perspicaz, sabe exatamente o que quer. É líder em
sugestões de pautas para o Caderno Gurilândia e está sempre atenta para os
mínimos detalhes. “ A responsabilidade para escrever para as crianças é grande,
somos formadores de opinião para um público que está se desenvolvendo e
representa o nosso futuro”, afirma.
A televisão é uma fonte entre os meios de
comunicação que exerce maior influência no cotidiano. Milhões de pessoas ficam
em frente ao vídeo, buscando informação, instrução ou entretenimento.
Após selecionarmos as pautas, através de
inúmeras sugestões, o grande desafio foi de adaptarmos equipamentos com
horários dos entrevistados. Uma vez solucionado o problema, o desafio passou a
verificarmos as necessidades das crianças. Ou seja, qual seria o programa ideal
e essencial para transmitirmos a mensagem de uma forma clara e sucinta.
Evitamos transmitir a nostalgia dos programas
antigos (que não é o foco principal) e evitamos também a crítica radical de
tais programas. Nossa intenção em relação ao tema com o recurso do produto foi
o de mostrar de uma maneira reflexiva o programa infantil em suas várias
vertentes desde suas falhas, acertos e cuidados.
2. HISTÓRIA E PRINCIPAIS PROGRAMAS INFATIS NO
BRASIL
A televisão é uma fonte de comunicação e informação
popular, atingindo todas as classes sociais, desde a mais baixa quanto a mais
alta. Milhões de pessoas ficam em frente ao vídeo, buscando informações e
instruções ou qualquer outro tipo de entretenimento.
Dessa forma, os programas que de maior audiência
manipulam a população mais influenciável, de menor renda ou informação.
Desde que a TV surgiu,
muitos profissionais, de diferentes áreas, discutem a respeito dos programas
infantis. Este tipo de programa pode se dizer que é um dos mais trabalhoso e
cuidadosos de se fazer, pois ele precisa de muitas pessoas pra produzi-lo.
Aronchi (2004, p. 153) faz uma
observação interessante que traduz o que a produção dos programas infantis.
“Nenhum
outro gênero de televisão reúne na produção tantos profissionais de diferentes
áreas quanto o público infantil: em algumas produções, psicólogos, educadores,
médicos e profissionais de educação física são consultados pela equipe de TV.”
Emissora: TV Tupi
Ano de Produção:
A ideia surgiu através de um achocolatado chamado Guri. A empresa
Neugebauer que fabricava o produto resolveu promover o nome e começou a
patrocinar o programa de rádio Clube do
Guri, em 1950. No rádio o programa ficou por 16 anos e como era comum na época,
todos os programas que faziam sucesso também eram adaptados para TV. O programa
era preto e branco e foi transmitido de 1955 até 1976.
O Clube do Guri passou a ser transmitido pela rede Tupi, e ainda
continuava sendo apresentado por Ari Rego. O mesmo sucesso que era no rádio foi
transmitido por 21 anos na televisão brasileira e também ficou conhecido pelo
nome de Gurilândia.
Seus participantes eram jovens de 5 e 18, que interpretavam sucessos
daquela época como os de Ângela Maria, Caubi Peixoto e Nelson Gonçalves. O
Clube também contava com proclamadores e bailarinos.
Ari Rego acreditava que os
programas de auditórios eram a única forma de diversão para as crianças. Elas
ficavam na fila com suas mães para entrarem no “Mundo do Guri”, que era cheio
de fantasias e mitos. O programa ia ao ar aos sábados de 9 ao meio dia. O
programa também era apresentado no interior, onde Rego levava as crianças que
mais se destacavam com a equipe.
Emissora: TV Tupi
Ano de Produção:
Também conhecido como o
vesperal Trol, o Teatrinho Trol era conhecido pelas suas peças teatrais
adaptadas para a TV. Geralmente as peças eram incrementadas com bruxas,
princesas e florestas encantadas. Apresentado e criado por Fabio Sabag. Em
relação de teatro infantil para a televisão, Sabag foi um expoente com o Teatrinho
Trol.
Com ainda era precário os recursos da
televisão no país, os programas eram transmitidos ao vivo, quando surgiu o
vídei-tape, ficou possível a gravação, mas ainda não era acessível a edição de
cenas. Mesmo com poucos recursos o teatrinho fazia muito sucesso, o programa
era transmitido aos domingo, poucos minutos antes das duas da tarde, e era
incrível como as ruas da cidade ficavam vazias. E depois do programa, o
movimento voltava ao normal. Esse sucesso durou por dez anos, e foi encenada
cerca de 400 peças de diversos autores. Oscar Filipe apresentava, dirigia e
também escrevia algumas peças
A princesa costumava
ser a atriz, Norma Blum ao lado do príncipe de platão Roberto de Cleto. Os
vilões costumavam ser atores convidados, os melhores do teatro nacional,
Fernanda Montenegro, já interpretou a primeira Bruxa do Trol.
Mesmo sendo ao vivo, o
programa contava com muitos efeitos-especiais, com gelo seco e neve de sabão. Havia
cinco cenários diferentes que eram trocados durante os intervalos e tinham
também óperas de boas histórias do teatro e da literatura mundial.
Dom Trolino era o
mascotinho do programa, ele era o símbolo do programa e se comunicava através
de mímica. Todo ano o elenco do programa se apresentava no natal, nas portas
das igrejas, hospitais, presídios, escolas e na fachada do teatro municipal.
Emissora: TV Tupi
Ano de Produção:
Com programa diário de segunda a sexta, ficou no ar por 14 anos e
tinha desenhos animados e séries como “A Feiticeira”, “Jeanne é um Gênio”, “
Speed Reacer” e “Corrida Maluca”. Este programa era para homenagear um herói da
FAB que lutou na segunda guerra mundial conhecido como ASA
Emissora: Rede
Globo
Ano de Produção:
O programa infantil
comandado por Pietro Mario estreou no mesmo dia em que a emissora foi ao ar e
foi o primeiro a registrar altos índices de audiência em meados dos anos 60.
De Jaqueta azul, quepe
e longa barba branca, Furacão girava o leme de um lado para o outro enquanto
lia cartas e mandava mensagens, falava sobre os segredos do mar, organizava
gincanas e apresentava desenhos animados. Ao seu lado, a assistente Elisângela,
estreando na TV aos 13 anos.
O Clube do Capitão Furacão exibiu
seriados dos anos 60, como Super-Homem, Os Três Patetas e outros. De jaqueta
azul, quepe e sua longa barba branca fizeram com que o jovem Pietro com 26
anos, apresentasse o programa. Furacão girava o leme de um lado para o outro
enquanto lia cartas e apresentava desenhos animados. Nos episódios o herói
sempre contava histórias que ensinava os valores importantes, como o respeito
aos mais velhos e a importância dos estudos.
Dizem que mesmo com o grande sucesso do
programa, ele começou a ser boicotado em 1969, quando, o Boni, passou a reduzir
o tempo do programa. Vila Sésamo entrou no lugar do programa e mesmo assim ele
continuou sendo exibido sob o comando de Elisângela.
Emissora: Rede Minas.
Ano de Produção: 1996.
Cores.
Companhias Produtoras: Tv Cultura
O programa que foi
estreado em 1996 tem como personagens bonecos. É um programa que mexe com a
fantasia das crianças que discute situações do mundo real em fora divertida e
atraente.
O Cenário de Cocoricó é uma fazenda
e seus animais, e a aceitação das crianças é um sucesso. Julio que é um menino
conduz a história no celeiro e conta também com o cavalo Alípio, a vaca Mimosa,
os papagaios Kiko e Kako e as galinhas Lola, Zazá, Lilica Galo Galileu e tem
também os vilões Dito e Feito.
A
TV cultura estava a procura de um programa que substituísse o extinto programa Glub, Glub, para preencher a grade
infantil. E os bonecos foram a melhor proposta que tiveram. Até 2002 eram
exibidos desenhos comprados do exterior, a partir dessa época quando o programa
passou a ser dirigido por, Fernando Gomes, ele passou apenas a conter histórias
e clipes musicais.
O programa Cocoricó esta entre os vários
programas bem-sucedidos da linha infanto-juvenil. Em 1996 foi considerado o
melhor programa infantil pela APCA, e em 2004, o melhor programa infantil para
crianças de zero a seis anos.
Emissora: Tv Globo.
Ano de Produção:
Cores.
Companhias Produtoras: Rede Globo
O Programa foi o primeiro programa infantil em
formato de telejornalismo no Brasil. Nos primeiro dois anos não tinha um
apresentador, apenas uma locução do jornalista Sérgio Chapelim. A jornalista e
escritora Paula Saldanha e o boneco Macaco Loyola, passaram a apresentar o
telejornal em 1977.
Globinho tinha entrevistas, debates, desenhos e
filmes. Ele tinha uma linha de questionamento também, onde os jovens davam suas
opiniões sobre os variados temas.
Os
desenhos e filmes eram apresentados no final de cada programa. Este era o único
programa que em pleno regime militar não sofria nenhum tipo de censura. Mesmo
assim este programa contava com audiência de adultos, pois algumas matérias que
eram cortadas de outros telejornais eram exibidas no Globinho.
O
programa só foi ao fim quando a rede globo substituiu o programa por outro de
sorteios.
Emissora: Rede Minas.
Ano de Produção: de
Cores.
Companhias Produtoras: TV Cultura.
Apresentadores: Gisela Arantes, Carlos Mariano e
Andrea Pozzi.
O programa estreou em
1991 e tinha duração de meia hora de segunda a sexta- feira. Eles eram
apresentados por dois peixinhos que se chamavam Glub e Glub, também fazia parte
também da história a caranguejo Carol.
O programa mostrava
aventuras que se passavam no fundo do mar, e eles contavam como era a vida
marítima para as crianças. O programa tinha desenhos animados, mas eram
desenhos diferentes e bem divertidos e criativos.
Uma nova versão de Glub Glub foi apresentada em 2006, com temas voltados para a
biologia marítima, os dois peixinhos apresentam vídeos que retratam a vida
marinha e todo o cenário foi modificado.
2.8 MUNDO MARAVILHA
Emissora: Rede Record.
Ano de Produção: 1997.
Cores.
Companhias Produtoras: Rede Record.
Mundo Maravilha era um
programa matinal apresentado de segunda a sexta-feira por Mara Maravilha. Era
um programa educativo e divertido, continha brincadeira, desenhos e musicais.
Dois palhaços também
faziam apresentações no programa da Mara, trata-se do Ketchup e Mostarda que
apresentavam o “Jornal Maravilha” com notícias de interesse da criançada.
No programa as
crianças podiam falar o que pensavam no quadro “bate papo”. O programa
conseguiu boa aceitação do público.
Emissora: Rede Minas.
Ano de Produção: .
Cores.
Companhias Produtoras: Tv Cultura e Sesi
O programa mostrava a
história de uma família que liga a TV e participa do Rá Tim Bum, ele ganhou
vários prêmios, nacionais e internacionais de melhor programa ingantil. A
intenção do programa era para ter um público de crianças na fase da pré-alfabetização,
ele continha quadros dinâmicos, coloridos.
Rá Tim Bum continha um
roteiro criativo e não repetia o tipo de linguagem, como seus concorrentes
faziam. As crianças também podiam assistir o divertido “jornal da Criança”,
apresentado por Arinélson que era apaixonado pela repórter Darlene Rocha.
O programa ficou
alguns anos sem ser apresentado, depois de exibido, com muito sucesso pela TV
cultura, voltando a ser apresentado com o nome de TV Rá Tim-Bum.
Emissora: SBT.
Ano de Produção: de
Cores.
Companhias Produtoras: SBT.
Sessão desenho existe
desde que o SBT surgiu em 1981, que acompanha o programa do Bozo. Ele trazia em
todas as manhãs literalmente uma sessão de desenhos, de 8 até o meio-dia.
Pica-Pau, Zé Colméia e outros, eram destaque do programa.
Em 1988 o programa
parou de ser exibido, mas a emissora sentiu que tinha cometido um erro e trouxe
de volta no mesmo ano novamente o programa.
Em 1991 o matinal passou a ter um apresentador, ou
melhor, uma apresentadora, a Vovó Mafalda, que desde que o programa do Bozo
parou de ser apresentado ficou sem espaço. Depois do final do programa
Festolândia apresentado por Eliana, que entrou no lugar da Vovó Mafalda.
Em 1992 o Sessão Desenho deixou novamente de ser
exibido para ceder lugar ao Show
Maravilha, programa que surgiu para ser concorrente ao Show da Xuxa.
No anos seguinte o
Show Maravilha chegou ao fim, e o Sessão Desenho voltou a ser apresentado por
Vovó Mafalda. Agora a “Sessão Desenho”
ganhou um cenário e também mais um companheiro para ajudar, o boneco Mechelim,
que ficava na frente da janela.
Em 1997 Vovó Mafalda
não apresentava mais o programa, voltando a ser apresentado sem apresentador,
permanecendo até hoje no ar.
Emissora: SBT.
Ano de Produção: de 1987 e 1993.
Cores.
Companhias Produtoras: SBT
Estreou em 1987 pela
apresentadora Mara, o programa era do mesmo formato que o Xou da Xuxa, que na época fazia um sucesso grandioso. No programa
ia ao ar a tarde, nos primeiros anos, Mara chegava em um trenzinho, e o sol era
a base principal do palco.
Show Maravilha tinha brincadeiras
com crianças e o programa também tinha sorteio de brinquedos e convidados
especiais.
Todos ficaram
surpresos com o sucesso do programa, que fez na época com que Mara se tornaria
uma das mais amadas apresentadoras infantis, fazendo com que a audiência do SBT
se alavancasse.
Em 1997 o Show
Maravilha passou para o horário da manhã, e ficou no ar durante sete anos o
sucesso foi tanto, que por varias vezes ficou na liderança de audiência. O
programa saiu do ar devido há uma crise financeira da emissora.
Emissora: TV Globo.
Ano de Produção: de
Cores.
Companhias Produtoras: Rede Globo.
TV Colosso surgiu quando o Xou da Xuxa saiu do ar em 1992. O programa se passava em uma
emissora de TV, onde era mostrado o cotidiano. Os apresentadores eram bonecos
manipulados em forma de cachorros. Os cachorros eram interpretados por vários
interpretes, chegando ao total de 50 personagens. Havia bonecos de até dois
metros de altura chegando a ser manipulados por até duas pessoas.
O Programa era exibido de segunda a sexta-feira
e aos sábados eram exibidos os melhores momentos. A TV Colosso funcionava como
uma televisão real, tinha noticiário, musicais, novelas e seriados, tudo feito
por cachorros.
Em 94 quando Xuxa voltou a apresentar na Globo o
programa passou a ser exibido apenas ao sábados, pois o Xuxa Park, passou a ser
apresentado no lugar da TV Colosso.
Na época foi lançado dois discos pela gravadora
Som Livre e um longa-metragem, peças teatrais, e vários produtos.
2.13 TV
FOFÃO
Emissora: TV Bandeirantes.
Ano de Produção: de
Cores.
Companhias Produtoras: TV Bandeirantes.
Uma mistura de
cachorro com extraterrestre, esse era o Fofão. Surgiu em 1983 no programa Balão Mágico, onde junto com os
apresentadores mirins comandavam o programa.
No começo Fofão não falava, apenas emitia sons
que eram traduzidos por Simony. No final do programa ele já era muito famoso,
tornando-se até em boneco, passando a apresentar seu programa na TV
Bandeirante.
O programa trazia
grandes índices de audiência para a emissora, fazendo com que o ator Orival
Pessini, passasse a ter grande prestigio, surgindo outros personagens de
sucesso como, o Patropi.
O programa foi extinto
em 1989, mas fofão se despedia com muito prestigio, com o filme “Fofão e a Nave
sem Rumo” exibido no Brasil e no Exterior.
Emissora: TV Cultura e TV Globo.
Ano de Produção: de
Preto e Branco.
Companhias Produtoras: TV Cultura e Rede Globo
Vila Sésamo tomou o
lugar de Capitão Furacão, ele era uma versão brasileira da Sesame Street. Boni teve a idéia de trazer a idéia ao país, pois na
época ele era o diretor geral da Rede Globo. No primeiro ano, Vila Séssamo foi apresentado
na TV Cultura e no ano seguinte pela rede Globo.
O programa era uma
espécie de jardim de infância, que ensinava às crianças, principalmente direcionado
àquela carentes. Ele era gravado sob o regime militar, que fizeram os atores a
gravarem diante de um censor que o governo imponha, mesmo assim conseguia
driblar a censura e chegava sem problemas na realidade brasileira.
Em uma ambiente de uma
vila operaria, havia enquetes educativas. Em 1975, foi estreada sua terceira
temporada, que traziam muitas novidades e mais 20 atores. Em 1972, Vila Sésamo
recebeu o troféu de melhor programa cultural.
Emissora: Tv Globo.
Ano de Produção: de
Companhias Produtoras: Rede Globo.
Boni trouxe da Rede
Manchete Xuxa, pois a programação infantil já estava desgastada na Globo. Ela
já fazia sucesso no seu “Clube da Criança”, Xuxa só iria para a outra emissora
se o programa levasse seu nome, então batizado de Xou da Xuxa. O programa tornou um dos maiores sucessos, fazendo a
apresentadora se transformar na “Rainha dos Baixinhos”
O programa era em um
formato de parque de diversões, e a apresentadora chegava em uma nave espacial.
Xuxa tinha as Paquitas como assistentes de palco. As Paquitas também
conseguiram conquistar o público. Depois surgiram no Xou da Xuxa o “Praga” e o
“Dengue”.
Ela se transformou em
uma inspiração de costumes e moda entre toda a criançada. Com suas saudáveis competições entre
crianças, ela já iniciava seu programa com a frase: “quem vai ganhar meninas ou
meninos?”; as brincadeiras mais conhecidas eram: “ a dança das cadeiras”, “Pula
corda” e “Bola no gol”.
No final de 1992,
depois de sete anos campeã de audiência, a imagem de Xuxa já com 29 anos já não
mais exprimia mais com suas idéias e atitudes. Depois de muita conversa com a
emissora o programa foi extinto.
3. REFLEXÃO: A CRIANÇA E A TELEVISÃO
A criança desenvolve em sua
personalidade a tendência ao consumo exagerado. Os programas infantis que não
são considerados educativos influenciam o consumismo em detrimento aos valores
familiares como educação, hierarquia, deveres e outras.
Em contra partida existem
programas educativos que ensinam a criança a conviver bem com os amigos, com a
família e que o nível de consumo e quase zero. Esses programas respeitam o
código de ética dos programas infantis.
“Nos programas infantis, produzido sob
rigorosa supervisão das emissoras, serão preservadas a integridade da família e
suas hierarquias, bem como exaltados os bons sentimentos e propósitos, o
respeito à lei e as autoridades legalmente constituídas, o amor à pátria, ao
próximo, à natureza e os animais.”
Código de ética da Televisão brasileira
As crianças que dispõem de outros meios de
entretenimento, tem outro tipo de pensamentos, e até mesmo dialogo e a
televisão para elas são apenas um outro meio de entretenimento. Elas comentam e
discutem com seus pais e familiares os conteúdos assistidos. Já as de renda
inferior que só tem o incentivo e a companhia da Tv, são precisão de ser
incentivadas, a refletirem sobre esses conteúdos, e quando isso não acontece
essa discussão deixa de se exercitar grande parte de seu potencial de
observação.
3.1 A IMPORTANCIA
DA TELEVISÃO NAS VIDAS DAS PESSOAS
Os programas de TV quando começaram seguiam o
mesmo estilo do rádio, isso porque muitos
deles vieram desse meio, e até mesmo os apresentadores.
Os programas Infantis também vieram junto com
esse aparelho, no mesmo ano que a ela foi ao ar, e aos poucos foram evoluindo.
No inicio eles eram em formatos educativos, e hoje estão no formato totalmente
de entretenimento.
Por ser um meio de certa forma barato, a
televisão tem sido a única fonte de informação e lazer, pelo fato de cinema,
teatro, revistas, por exemplo, não serem tão acessível, inclusive para as
classes D e E.
Nos dias atuais é quase impossível viver sem a
televisão. Ela esta devidamente instaladas nos lares, até muitos aparelhos
estão nos mais tímidos cômodos deles que é o quarto. Encanta as pessoas, pela a
magia das cores, imagens e sons.
A televisão não esta preocupada em convencer,
mas sim em seduzir. E ela consegui fazer isso com as pessoas mexendo no lado
emocional de cada pessoa, mesmo sendo bom ou ruim.
Para melhor entendimento, Joan Ferrés (1998,
p.65-66), ajuda a entender como é esse procedimento.
“O
fenômeno da sedução torna manifesto as contradições do psiquismo humano. De uma
perspectiva racional, é um fenômeno surpreendente, absurdo inclusive.
Racionalmente todo mundo está de acordo em admitir que ninguém é perfeito. Em
troca, a realidade sedutora é vivida como um todo, como um absoluto, como
plenitude.”
A
CRIANÇA E A TELEVISÃO
A criança desenvolve em sua personalidade a tendência ao consumo
exagerado. Os programas infantis que não são considerados educativos
influenciam o consumismo em detrimento aos valores familiares como educação,
hierarquia, deveres e outras.
Em contra partida existem programas educativos que ensinam a criança
a conviver bem com os amigos, com a família e que o nível de consumo e quase
zero. Esses programas respeitam o código de ética dos programas infantis.
“Nos programas infantis, produzido sob
rigorosa supervisão das emissoras, serão preservadas a integridade da família e
suas hierarquias, bem como exaltados os bons sentimentos e propósitos, o
respeito à lei e as autoridades legalmente constituídas, o amor à pátria, ao
próximo, à natureza e os animais.”
Código de ética da Televisão brasileira
A televisão é uma forte de informação popular entre os meios de
comunicação que exerce maior influência no cotidiano familiar. Milhões de
pessoas, na maioria das vezes, buscam informações, entretenimento ou até mesmo
algum tipo de instrução nesse aparelho. Dessa forma, os programas mais
populares e de maior audiência são os que mais exercem poder sobre as pessoas,
ainda mais sobre as crianças.
Na maioria das vezes quanto
menor a renda e instrução familiar, maior a admiração por artistas e seus
produtos que se tornam abjetos de desejo das crianças.
De acordo com, Elmo Francfort Ankerkrone, antigamente na era do
rádio as mães já usam como babás, as canções acalmavam as crianças, mas quando
percebiam que estavam sozinhas elas choravam. Quando surgiu a TV, foi um alivio
para as mães, pois elas já ligavam o aparelho e colocavam a criança em frente
ao mesmo. Francfort também mostra um
detalhe interessante, falando que desde de pequena a criança começa a estimular
sua criatividade somente da televisão, e dá também um exemplo importante. Ele
mostra as vezes deixam de brincar na rua ou no quintal, deixando de descobrirem
coisas novas, pois a televisão já dá tudo pronto para elas.
“ Muitas mães
começam a ligar a TV perto dos bebês e foram pra cozinha, aí quando viram que
ele estavam quietinhos assistindo TV. Com certeza é uma razão para que hoje
tenhamos dado o apelido de “Babá
eletrônica” à televisão.”
(Elmo Frncfort Ankerkrone
Htt://www.sampaonline.com.br/colunas/elmo/coluna2001set07.htm)
Ele
dá destaques nos desenhos violentos, mostrando a diferença dos te antigamente
com os de hoje. Dando exemplos que por mais violentos que o desenho animado
demonstrava ser, não mostrava o que os de hoje mostra.
“Os
desenhos atuais não tem a inocência dos antigos, independente se eles pareçam
ser bonzinhos ou não... Um ursinho carinhoso por mais bravo que possa ter
ficado, não provoca o mínimo de violência que um Pikachu é capaz...”
(Elmo Francfort
Ankerkrone)
Terminando seu texto ele não radicaliza a
televisão, ele mostra seu lado positivo também, cita que ela pode mostrar e
ensinar e até vivenciar, coisas que muitos não iram poderão conhecer
pessoalmente, como um outro país distante, uma outra cultura e assim por
diante.
Achamos muito válida a
produção da reportagem mostrando um pouco do universo infantil, da pedagogia,
psicologia e dicas. Temos interesse em posteriormente planejarmos um projeto
infantil em formato audiovisual para oferecermos às emissoras de TV com uma
linguagem da própria criança e com desenhos e muitas mensagens educativas.
Por já produzimos
produtos infantis, queremos aprofundar nos trabalhos que envolvem este público.
Foi muito válido e prazeroso adaptarmos o produto com o tema, uma vez que temos
paixão por TV e paixão por assuntos infantis.
Verificamos o caráter
psicológico do excesso da televisão pelas crianças, os problemas causados por
um meio de comunicação que está dentro da residência da criança. Os Programas
infantis proporcionam sonhos e formam
opiniões.
Achamos que é uma
responsabilidade social dos meios de comunicação que interagem com o público
infantil, que se deve ter muito cuidado nas abordagens e linguagens. As
mensagens nas entrelinhas de violência, por exemplo, podem desencadear
problemas futuros; comer em frente a televisão pode causar obesidade e o uso
excessivo da televisão pelas crianças pode causar problemas psicológicos.
Não temos a pretensão
de numa única reportagem detectarmos todos os problemas e benefícios de um
programa infantil.
Verificamos também a
perda televisiva para os micros computadores, além da precariedade dos
programas infantis na região metropolitana de Belo Horizonte.
Em relação ao produto
jornalístico, fomos guiados pela nossa orientadora Mirian, por um material
didático como livros e sites e por
alguma experiência vivenciada no 7º período de jornalismo como a matéria
de TV.
Utilizamos técnicas de
iluminação, composição de câmera, áudio e técnicas de entrevistas. Não
induzimos os entrevistados a falarem aquilo que gostaríamos. Relembramos várias
matérias que colaboraram com o contexto de um projeto experimental, como Ética
e Documentário.
Todas as matérias
estudadas durante os quatro anos de jornalismo, de uma forma ou de outra
contribuíram para o trabalho final.
História da Televisão Brasileira, destaques: Programas Infantis.
Disponível em <http://microfone.jor.br/hist_infantis.htm>.
Acessado em: 07/04/2007
Lage, Nilson. A reportagem:
teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística, Editora Record, São
Paulo - 2005
Stasllff, Bretz, e Gartley. O
Programa de Televisão: Sua direção e produção, EPU Editora Pedagógica e
Universitária Ltda, São Paulo – 1976
Ferréz, Joan. Televisão
Subliminar: Socializando através de comunicações despercebidas, Editora,
Artmed, Porto Alegre -1998
Aronchi de Souza, José Carlos. Gêneros
e formatos na televisão brasileira. Summus editorial. São Paulo- 2004
HYPERLINK “http://www.mundodatv.com.br”, acessado em 22/04/2007
HYPERLINK “http://www.infantv.com.br”, acessado em 02/03/2007.
HYPERLINK“http://www.microfone.jor.br/hist_infantis.htm”, acessado em
22/03/2007
HYPERLINK “http://www.museudatv.com.br/”, acessado em 02/04/2007.
HYPERLINK “http://pt.wikipedia.org/wiki/Televis%C3%A3o_no_Brasil”, acessado em 23/03/2007
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