Jornalismo Inês Marzano

Tuesday, August 30, 2022

Monografia do Curso de Jornalismo

 

FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ BELO HORIZONTE

CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL COM HABILITAÇÃO EM JORNALISMO

 

 

 

 

 

 

 

FARICIO PAZINI

INÊS MARZANO

 

 

 

 

 

 

PROGAMAS INFANTIS: QUALIDADE OU EXCESSO?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

BELO HORZONTE

2007

FABRICIO PAZINI

INÊS MARZANO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PROGAMAS INFANTIS: QUALIDADE OU EXCESSO?

 

 

 

 

 

 

Projeto experimental apresentado em cumprimento parcial às exigências do curso de graduação em Comunicação Social-Habilitação em Jornalismo da Faculdade Estácio de Sá de Belo Horizonte para obtenção do título e bacharel.

 

 

ORIENTADOR: Professora Mirian Souza Alves

 

 

 

 

 

Belo Horizonte

2007

 

FABRICIO PAZINI

INÊS MARZANO

 

 

PROGAMAS INFANTIS: QUALIDADE OU EXCESSO?

 

 

Projeto experimental apresentado em cumprimento parcial às exigências do curso de graduação em Comunicação Social-Habilitação em Jornalismo da Faculdade Estácio de Sá de Belo Horizonte para obtenção do título e bacharel.

 

 

Aprovado em 26 de junho de 2007.

 

EXAMINADORES:

 

 

____________________________________________

Professora Mirian Sousa Alves- Mestre em

Faculdade Estácio de Sá de Belo Horizonte

 

 

 

_____________________________________________

Tatiana

Faculdade Estácio de Sá de Belo Horizonte

 

 

 

 

 

RESUMO

 

 

A televisão informa e diverte, ela é o meio de comunicação mais influente na vida das pessoas. Atingindo todas as classes sociais, principalmente as crianças, que são fascinadas pela magia das cores e sons.

 

O Projeto Experimental, Programas Infantis nas TVs abertas, foi desenvolvido em formato de uma grande reportagem, a partir de analise sobre o conteúdo que eles levam para as crianças limitando a cidade de Belo Horizonte. O documentário foi gravado em áudio e vídeo, com entrevistas as crianças, nosso principal foco, os pais, especialistas. O produto final deste projeto consiste em um vídeo de aproximadamente 15 minutos de duração e tenta mostrar o interesse das crianças nesses programas o que eles chamam atenção para elas e para os pais.

 

 

Palavra-chave: Programa infantil. TV aberta. Criança.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SUMÁRIO

 

 

1. INTRODUÇÃO.. 6

2. HISTÓRIA E PRINCIPAIS PROGRAMAS INFATIS NO BRASIL.. 7

2.1 CLUBE DO GURI. 8

2.2 TEATRINHO TROL.. 8

2.3 CAPITÃO ASA.. 9

2.4 CAPITÃO FURACÃO.. 10

2.5 COCORICÓ.. 10

2.6 GLOBINHO.. 11

2.7 GLUB GLUB.. 12

2.9 RÁ TIM BUM... 13

2.10 SESSÃO DESENHO.. 14

2.11 SHOW MARAVILHA.. 15

2.12 TV COLOSSO.. 15

2.14 VILA SÉSSAMO.. 17

2.15 XOU DA XUXA.. 18

3. REFLEXÃO: A CRIANÇA E A TELEVISÃO.. 18

4. CONCLUSÃO.. 19

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA.. 20

 

 

 

 

 

 

 

 

1. INTRODUÇÃO

 

 

O Projeto Experimental sobre programas infantis nas TVs abertas, foi desenvolvido como um produto jornalístico em formato de áudio visual, através de uma grande reportagem. A ideia e causar impacto e reflexão, principalmente os pais, através do tema central: Programas Infantis: Qualidade ou Excesso?

 

A reportagem é constituída fundamentalmente de gravações realizadas em áudio e vídeo de entrevistas à crianças, pais e especialistas, além de um breve resumo histórico dos principais programas infantis da televisão brasileira, produzidos pelas principais emissoras de televisão aberta do Brasil, e exibidos na cidade de Belo Horizonte.

 

O produto final desde trabalho consiste em um vídeo de aproximadamente 15 minutos de duração, que propõe mostrar o interesse das crianças nesses modelos de programas, seus atrativos e eventuais problemas que o excesso pode causar.

 

O projeto foi desenvolvido a partir discussões e análise bibliográfica, a partir do sentimento da necessidade de se tratar tanto o produto televisivo como também o tema proposto, haja visto o interesse dos autores pelos produtos jornalísticos veiculados pela televisão e a simpatia pelo público infantil. Este trabalho tem como objetivo transmitir e projetar uma mensagem positiva dentro do tema abordado, buscando contribuir com reflexões e análises aos profissionais que desenvolvem seus trabalhos direcionados ao público infantil.

 

A segunda etapa apresenta as entrevistas e comentários feitos com as crianças, especialistas, pais e alguns estudos apresentados com preocupações e prováveis soluções.

 

Antes de decidirmos pelo processo televisivo, a ideia era de uma monografia para mostrar a linguagem jornalística utilizada pelo Caderno Infantil Gurilândia do Jornal Estado de Minas. Mas em entrevista com o editor-chefe do respectivo caderno, Jorge Santos, verificamos a necessidade de analisarmos e produzirmos uma reportagem em linguagem áudio-visual.

 

Conforme Jorge Santos, a criança da nova geração é extremamente inteligente e perspicaz, sabe exatamente o que quer. É líder em sugestões de pautas para o Caderno Gurilândia e está sempre atenta para os mínimos detalhes. “ A responsabilidade para escrever para as crianças é grande, somos formadores de opinião para um público que está se desenvolvendo e representa o nosso futuro”, afirma.

 

“O avanço da tecnologia desde o advento da televisão até agora com a expansão da internet, resultando no processo de convergência das mídias, vem provocando mudanças profundas nos rumos da humanidade”(Barbeiro e Lima, 2002).

 

A televisão é uma fonte entre os meios de comunicação que exerce maior influência no cotidiano. Milhões de pessoas ficam em frente ao vídeo, buscando informação, instrução ou entretenimento.

 

Após selecionarmos as pautas, através de inúmeras sugestões, o grande desafio foi de adaptarmos equipamentos com horários dos entrevistados. Uma vez solucionado o problema, o desafio passou a verificarmos as necessidades das crianças. Ou seja, qual seria o programa ideal e essencial para transmitirmos a mensagem de uma forma clara e sucinta.

 

Evitamos transmitir a nostalgia dos programas antigos (que não é o foco principal) e evitamos também a crítica radical de tais programas. Nossa intenção em relação ao tema com o recurso do produto foi o de mostrar de uma maneira reflexiva o programa infantil em suas várias vertentes desde suas falhas, acertos e cuidados.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2. HISTÓRIA E PRINCIPAIS PROGRAMAS INFATIS NO BRASIL

 

A televisão é uma fonte de comunicação e informação popular, atingindo todas as classes sociais, desde a mais baixa quanto a mais alta. Milhões de pessoas ficam em frente ao vídeo, buscando informações e instruções ou qualquer outro tipo de entretenimento.

 

Dessa forma, os programas que de maior audiência manipulam a população mais influenciável, de menor renda ou informação.

 

Desde que a TV surgiu, muitos profissionais, de diferentes áreas, discutem a respeito dos programas infantis. Este tipo de programa pode se dizer que é um dos mais trabalhoso e cuidadosos de se fazer, pois ele precisa de muitas pessoas pra produzi-lo.

 

Aronchi (2004, p. 153) faz uma observação interessante que traduz o que a produção dos programas infantis.

 

“Nenhum outro gênero de televisão reúne na produção tantos profissionais de diferentes áreas quanto o público infantil: em algumas produções, psicólogos, educadores, médicos e profissionais de educação física são consultados pela equipe de TV.”

 

 

 

2.1 CLUBE DO GURI

 

Emissora: TV Tupi

Ano de Produção: 1955 a 1976

 

A ideia surgiu através de um achocolatado chamado Guri. A empresa Neugebauer que fabricava o produto resolveu promover o nome e começou a patrocinar o programa de rádio Clube do Guri, em 1950. No rádio o programa ficou por 16 anos e como era comum na época, todos os programas que faziam sucesso também eram adaptados para TV. O programa era preto e branco e foi transmitido de 1955 até 1976.

 

  O Clube do Guri passou a ser transmitido pela rede Tupi, e ainda continuava sendo apresentado por Ari Rego. O mesmo sucesso que era no rádio foi transmitido por 21 anos na televisão brasileira e também ficou conhecido pelo nome de Gurilândia.  

Seus participantes eram jovens de 5 e 18, que interpretavam sucessos daquela época como os de Ângela Maria, Caubi Peixoto e Nelson Gonçalves. O Clube também contava com proclamadores e bailarinos.

 

 Ari Rego acreditava que os programas de auditórios eram a única forma de diversão para as crianças. Elas ficavam na fila com suas mães para entrarem no “Mundo do Guri”, que era cheio de fantasias e mitos. O programa ia ao ar aos sábados de 9 ao meio dia. O programa também era apresentado no interior, onde Rego levava as crianças que mais se destacavam com a equipe. 

 

2.2 TEATRINHO TROL

 

Emissora: TV Tupi

Ano de Produção: 1956 a 1966

 

Também conhecido como o vesperal Trol, o Teatrinho Trol era conhecido pelas suas peças teatrais adaptadas para a TV. Geralmente as peças eram incrementadas com bruxas, princesas e florestas encantadas. Apresentado e criado por Fabio Sabag.  Em relação de teatro infantil para a televisão, Sabag foi um expoente com o Teatrinho Trol.

 

 Com ainda era precário os recursos da televisão no país, os programas eram transmitidos ao vivo, quando surgiu o vídei-tape, ficou possível a gravação, mas ainda não era acessível a edição de cenas. Mesmo com poucos recursos o teatrinho fazia muito sucesso, o programa era transmitido aos domingo, poucos minutos antes das duas da tarde, e era incrível como as ruas da cidade ficavam vazias. E depois do programa, o movimento voltava ao normal. Esse sucesso durou por dez anos, e foi encenada cerca de 400 peças de diversos autores. Oscar Filipe apresentava, dirigia e também escrevia algumas peças

 

A princesa costumava ser a atriz, Norma Blum ao lado do príncipe de platão Roberto de Cleto. Os vilões costumavam ser atores convidados, os melhores do teatro nacional, Fernanda Montenegro, já interpretou a primeira Bruxa do Trol.

 

Mesmo sendo ao vivo, o programa contava com muitos efeitos-especiais, com gelo seco e neve de sabão. Havia cinco cenários diferentes que eram trocados durante os intervalos e tinham também óperas de boas histórias do teatro e da literatura mundial.

 

Dom Trolino era o mascotinho do programa, ele era o símbolo do programa e se comunicava através de mímica. Todo ano o elenco do programa se apresentava no natal, nas portas das igrejas, hospitais, presídios, escolas e na fachada do teatro municipal.

 

 

2.3 CAPITÃO ASA

 

Emissora: TV Tupi

Ano de Produção: 1966 a 1979

 

Com programa diário de segunda a sexta, ficou no ar por 14 anos e tinha desenhos animados e séries como “A Feiticeira”, “Jeanne é um Gênio”, “ Speed Reacer” e “Corrida Maluca”. Este programa era para homenagear um herói da FAB que lutou na segunda guerra mundial conhecido como  ASA

 

2.4 CAPITÃO FURACÃO

 

Emissora: Rede Globo

Ano de Produção: 1955 a 1969

 

O programa infantil comandado por Pietro Mario estreou no mesmo dia em que a emissora foi ao ar e foi o primeiro a registrar altos índices de audiência em meados dos anos 60.

 

De Jaqueta azul, quepe e longa barba branca, Furacão girava o leme de um lado para o outro enquanto lia cartas e mandava mensagens, falava sobre os segredos do mar, organizava gincanas e apresentava desenhos animados. Ao seu lado, a assistente Elisângela, estreando na TV aos 13 anos.


O Clube do Capitão Furacão exibiu seriados dos anos 60, como Super-Homem, Os Três Patetas e outros. De jaqueta azul, quepe e sua longa barba branca fizeram com que o jovem Pietro com 26 anos, apresentasse o programa. Furacão girava o leme de um lado para o outro enquanto lia cartas e apresentava desenhos animados. Nos episódios o herói sempre contava histórias que ensinava os valores importantes, como o respeito aos mais velhos e a importância dos estudos.

 

 Dizem que mesmo com o grande sucesso do programa, ele começou a ser boicotado em 1969, quando, o Boni, passou a reduzir o tempo do programa. Vila Sésamo entrou no lugar do programa e mesmo assim ele continuou sendo exibido sob o comando de Elisângela.

 

 

2.5 COCORICÓ

 

Emissora: Rede Minas.
Ano de Produção: 1996.
Cores.
Companhias Produtoras: Tv Cultura

 

O programa que foi estreado em 1996 tem como personagens bonecos. É um programa que mexe com a fantasia das crianças que discute situações do mundo real em fora divertida e atraente.


O Cenário de Cocoricó é uma fazenda e seus animais, e a aceitação das crianças é um sucesso. Julio que é um menino conduz a história no celeiro e conta também com o cavalo Alípio, a vaca Mimosa, os papagaios Kiko e Kako e as galinhas Lola, Zazá, Lilica Galo Galileu e tem também os vilões Dito e Feito.

 

A TV cultura estava a procura de um programa que substituísse o extinto programa Glub, Glub, para preencher a grade infantil. E os bonecos foram a melhor proposta que tiveram. Até 2002 eram exibidos desenhos comprados do exterior, a partir dessa época quando o programa passou a ser dirigido por, Fernando Gomes, ele passou apenas a conter histórias e clipes musicais. 

 

O programa Cocoricó esta entre os vários programas bem-sucedidos da linha infanto-juvenil. Em 1996 foi considerado o melhor programa infantil pela APCA, e em 2004, o melhor programa infantil para crianças de zero a seis anos.

 

 

 

2.6 GLOBINHO

 

Emissora: Tv Globo.
Ano de Produção: 1972 a 1983.
Cores.
Companhias Produtoras: Rede Globo

 

O Programa foi o primeiro programa infantil em formato de telejornalismo no Brasil. Nos primeiro dois anos não tinha um apresentador, apenas uma locução do jornalista Sérgio Chapelim. A jornalista e escritora Paula Saldanha e o boneco Macaco Loyola, passaram a apresentar o telejornal em 1977.

 

Globinho tinha entrevistas, debates, desenhos e filmes. Ele tinha uma linha de questionamento também, onde os jovens davam suas opiniões sobre os variados temas.

 

 Os desenhos e filmes eram apresentados no final de cada programa. Este era o único programa que em pleno regime militar não sofria nenhum tipo de censura. Mesmo assim este programa contava com audiência de adultos, pois algumas matérias que eram cortadas de outros telejornais eram exibidas no Globinho.

 

 O programa só foi ao fim quando a rede globo substituiu o programa por outro de sorteios.

 

 

2.7 GLUB GLUB

 

Emissora: Rede Minas.
Ano de Produção: de 1991 a 1994 e 2006.
Cores.
Companhias Produtoras: TV Cultura.

Apresentadores: Gisela Arantes, Carlos Mariano e Andrea Pozzi.

 

 

O programa estreou em 1991 e tinha duração de meia hora de segunda a sexta- feira. Eles eram apresentados por dois peixinhos que se chamavam Glub e Glub, também fazia parte também da história a caranguejo Carol.

 

O programa mostrava aventuras que se passavam no fundo do mar, e eles contavam como era a vida marítima para as crianças. O programa tinha desenhos animados, mas eram desenhos diferentes e bem divertidos e criativos.

 

Uma nova versão de Glub Glub foi apresentada em 2006, com temas voltados para a biologia marítima, os dois peixinhos apresentam vídeos que retratam a vida marinha e todo o cenário foi modificado.

 

 

 

 

 

 

 

 

2.8 MUNDO MARAVILHA

 

 

Emissora: Rede Record.
Ano de Produção: 1997.
Cores.
Companhias Produtoras: Rede Record.

 

 Mundo Maravilha era um programa matinal apresentado de segunda a sexta-feira por Mara Maravilha. Era um programa educativo e divertido, continha brincadeira, desenhos e musicais.

 

Dois palhaços também faziam apresentações no programa da Mara, trata-se do Ketchup e Mostarda que apresentavam o “Jornal Maravilha” com notícias de interesse da criançada.

 

No programa as crianças podiam falar o que pensavam no quadro “bate papo”. O programa conseguiu boa aceitação do público.

 

 

 

 

2.9 RÁ TIM BUM

 

Emissora: Rede Minas.
Ano de Produção: .
Cores.
Companhias Produtoras: Tv Cultura e Sesi

 

O programa mostrava a história de uma família que liga a TV e participa do Rá Tim Bum, ele ganhou vários prêmios, nacionais e internacionais de melhor programa ingantil. A intenção do programa era para ter um público de crianças na fase da pré-alfabetização, ele continha quadros dinâmicos, coloridos.

 

Rá Tim Bum continha um roteiro criativo e não repetia o tipo de linguagem, como seus concorrentes faziam. As crianças também podiam assistir o divertido “jornal da Criança”, apresentado por Arinélson que era apaixonado pela repórter Darlene Rocha.

 

O programa ficou alguns anos sem ser apresentado, depois de exibido, com muito sucesso pela TV cultura, voltando a ser apresentado com o nome de TV Rá Tim-Bum.

 

 

2.10 SESSÃO DESENHO

 

Emissora: SBT.
Ano de Produção: de 1981 a 2003.
Cores.
Companhias Produtoras: SBT.

 

 

Sessão desenho existe desde que o SBT surgiu em 1981, que acompanha o programa do Bozo. Ele trazia em todas as manhãs literalmente uma sessão de desenhos, de 8 até o meio-dia. Pica-Pau, Zé Colméia e outros, eram destaque do programa.

 

Em 1988 o programa parou de ser exibido, mas a emissora sentiu que tinha cometido um erro e trouxe de volta no mesmo ano novamente o programa.

 

Em 1991 o matinal passou a ter um apresentador, ou melhor, uma apresentadora, a Vovó Mafalda, que desde que o programa do Bozo parou de ser apresentado ficou sem espaço. Depois do final do programa Festolândia apresentado por Eliana, que entrou no lugar da Vovó Mafalda.

 

Em 1992 o Sessão Desenho deixou novamente de ser exibido para ceder lugar ao Show Maravilha, programa que surgiu para ser concorrente ao Show da Xuxa.

 

No anos seguinte o Show Maravilha chegou ao fim, e o Sessão Desenho voltou a ser apresentado por Vovó Mafalda.  Agora a “Sessão Desenho” ganhou um cenário e também mais um companheiro para ajudar, o boneco Mechelim, que ficava na frente da janela.

 

Em 1997 Vovó Mafalda não apresentava mais o programa, voltando a ser apresentado sem apresentador, permanecendo até hoje no ar.

 

 

2.11 SHOW MARAVILHA

 

Emissora: SBT.
Ano de Produção: de 1987 e 1993.
Cores.
Companhias Produtoras: SBT

 

Estreou em 1987 pela apresentadora Mara, o programa era do mesmo formato que o Xou da Xuxa, que na época fazia um sucesso grandioso. No programa ia ao ar a tarde, nos primeiros anos, Mara chegava em um trenzinho, e o sol era a base principal do palco.

 

Show Maravilha tinha brincadeiras com crianças e o programa também tinha sorteio de brinquedos e convidados especiais.

 

Todos ficaram surpresos com o sucesso do programa, que fez na época com que Mara se tornaria uma das mais amadas apresentadoras infantis, fazendo com que a audiência do SBT se alavancasse.

 

Em 1997 o Show Maravilha passou para o horário da manhã, e ficou no ar durante sete anos o sucesso foi tanto, que por varias vezes ficou na liderança de audiência. O programa saiu do ar devido há uma crise financeira da emissora.

 

 

2.12 TV COLOSSO

 

Emissora: TV Globo.
Ano de Produção: de 1993 a 1996.
Cores.
Companhias Produtoras: Rede Globo.

 

 

TV Colosso surgiu quando o Xou da Xuxa saiu do ar em 1992. O programa se passava em uma emissora de TV, onde era mostrado o cotidiano. Os apresentadores eram bonecos manipulados em forma de cachorros. Os cachorros eram interpretados por vários interpretes, chegando ao total de 50 personagens. Havia bonecos de até dois metros de altura chegando a ser manipulados por até duas pessoas.

 

O Programa era exibido de segunda a sexta-feira e aos sábados eram exibidos os melhores momentos. A TV Colosso funcionava como uma televisão real, tinha noticiário, musicais, novelas e seriados, tudo feito por cachorros.

 

Em 94 quando Xuxa voltou a apresentar na Globo o programa passou a ser exibido apenas ao sábados, pois o Xuxa Park, passou a ser apresentado no lugar da TV Colosso.

 

Na época foi lançado dois discos pela gravadora Som Livre e um longa-metragem, peças teatrais, e vários produtos.

 

 

 

2.13 TV FOFÃO

 

Emissora: TV Bandeirantes.
Ano de Produção: de 1987 a 1989.
Cores.
Companhias Produtoras: TV Bandeirantes.

 

 

Uma mistura de cachorro com extraterrestre, esse era o Fofão. Surgiu em 1983 no programa Balão Mágico, onde junto com os apresentadores mirins comandavam o programa.

 

 No começo Fofão não falava, apenas emitia sons que eram traduzidos por Simony. No final do programa ele já era muito famoso, tornando-se até em boneco, passando a apresentar seu programa na TV Bandeirante.

 

O programa trazia grandes índices de audiência para a emissora, fazendo com que o ator Orival Pessini, passasse a ter grande prestigio, surgindo outros personagens de sucesso como, o Patropi.

 

O programa foi extinto em 1989, mas fofão se despedia com muito prestigio, com o filme “Fofão e a Nave sem Rumo” exibido no Brasil e no Exterior.

 

 

 

 

 

2.14 VILA SÉSSAMO

 

Emissora: TV Cultura e TV Globo.
Ano de Produção: de 1972 a 1977.
Preto e Branco.
Companhias Produtoras: TV Cultura e Rede Globo

 

Vila Sésamo tomou o lugar de Capitão Furacão, ele era uma versão brasileira da Sesame Street. Boni teve a idéia de trazer a idéia ao país, pois na época ele era o diretor geral da Rede Globo. No primeiro ano, Vila Séssamo foi apresentado na TV Cultura e no ano seguinte pela rede Globo.

 

 

O programa era uma espécie de jardim de infância, que ensinava às crianças, principalmente direcionado àquela carentes. Ele era gravado sob o regime militar, que fizeram os atores a gravarem diante de um censor que o governo imponha, mesmo assim conseguia driblar a censura e chegava sem problemas na realidade brasileira.

 

Em uma ambiente de uma vila operaria, havia enquetes educativas. Em 1975, foi estreada sua terceira temporada, que traziam muitas novidades e mais 20 atores. Em 1972, Vila Sésamo recebeu o troféu de melhor programa cultural.

 

 

 

 

 

2.15 XOU DA XUXA

 

Emissora: Tv Globo.
Ano de Produção: de 1986 a 1992.
Companhias Produtoras: Rede Globo.

 

 

Boni trouxe da Rede Manchete Xuxa, pois a programação infantil já estava desgastada na Globo. Ela já fazia sucesso no seu “Clube da Criança”, Xuxa só iria para a outra emissora se o programa levasse seu nome, então batizado de Xou da Xuxa. O programa tornou um dos maiores sucessos, fazendo a apresentadora se transformar na “Rainha dos Baixinhos”

 

O programa era em um formato de parque de diversões, e a apresentadora chegava em uma nave espacial. Xuxa tinha as Paquitas como assistentes de palco. As Paquitas também conseguiram conquistar o público. Depois surgiram no Xou da Xuxa o “Praga” e o “Dengue”.

 

Ela se transformou em uma inspiração de costumes e moda entre toda a criançada.  Com suas saudáveis competições entre crianças, ela já iniciava seu programa com a frase: “quem vai ganhar meninas ou meninos?”; as brincadeiras mais conhecidas eram: “ a dança das cadeiras”, “Pula corda” e “Bola no gol”.

 

No final de 1992, depois de sete anos campeã de audiência, a imagem de Xuxa já com 29 anos já não mais exprimia mais com suas idéias e atitudes. Depois de muita conversa com a emissora o programa foi extinto.

 

 

3. REFLEXÃO: A CRIANÇA E A TELEVISÃO

 

A criança desenvolve em sua personalidade a tendência ao consumo exagerado. Os programas infantis que não são considerados educativos influenciam o consumismo em detrimento aos valores familiares como educação, hierarquia, deveres e outras.

 

Em contra partida existem programas educativos que ensinam a criança a conviver bem com os amigos, com a família e que o nível de consumo e quase zero. Esses programas respeitam o código de ética dos programas infantis.

 

 

Nos programas infantis, produzido sob rigorosa supervisão das emissoras, serão preservadas a integridade da família e suas hierarquias, bem como exaltados os bons sentimentos e propósitos, o respeito à lei e as autoridades legalmente constituídas, o amor à pátria, ao próximo, à natureza e os animais.”

Código de ética da Televisão brasileira

As crianças que dispõem de outros meios de entretenimento, tem outro tipo de pensamentos, e até mesmo dialogo e a televisão para elas são apenas um outro meio de entretenimento. Elas comentam e discutem com seus pais e familiares os conteúdos assistidos. Já as de renda inferior que só tem o incentivo e a companhia da Tv, são precisão de ser incentivadas, a refletirem sobre esses conteúdos, e quando isso não acontece essa discussão deixa de se exercitar grande parte de seu potencial de observação.

 

 

3.1 A IMPORTANCIA DA TELEVISÃO NAS VIDAS DAS PESSOAS

 

Os programas de TV quando começaram seguiam o mesmo estilo do rádio, isso porque muitos deles vieram desse meio, e até mesmo os apresentadores.

 

Os programas Infantis também vieram junto com esse aparelho, no mesmo ano que a ela foi ao ar, e aos poucos foram evoluindo. No inicio eles eram em formatos educativos, e hoje estão no formato totalmente de entretenimento.

 

Por ser um meio de certa forma barato, a televisão tem sido a única fonte de informação e lazer, pelo fato de cinema, teatro, revistas, por exemplo, não serem tão acessível, inclusive para as classes D e E.

 

Nos dias atuais é quase impossível viver sem a televisão. Ela esta devidamente instaladas nos lares, até muitos aparelhos estão nos mais tímidos cômodos deles que é o quarto. Encanta as pessoas, pela a magia das cores, imagens e sons.

 

A televisão não esta preocupada em convencer, mas sim em seduzir. E ela consegui fazer isso com as pessoas mexendo no lado emocional de cada pessoa, mesmo sendo bom ou ruim.

 

Para melhor entendimento, Joan Ferrés (1998, p.65-66), ajuda a entender como é esse procedimento.

 

“O fenômeno da sedução torna manifesto as contradições do psiquismo humano. De uma perspectiva racional, é um fenômeno surpreendente, absurdo inclusive. Racionalmente todo mundo está de acordo em admitir que ninguém é perfeito. Em troca, a realidade sedutora é vivida como um todo, como um absoluto, como plenitude.”

 

 

 

 

 

A CRIANÇA E A TELEVISÃO

 

A criança desenvolve em sua personalidade a tendência ao consumo exagerado. Os programas infantis que não são considerados educativos influenciam o consumismo em detrimento aos valores familiares como educação, hierarquia, deveres e outras.

 

Em contra partida existem programas educativos que ensinam a criança a conviver bem com os amigos, com a família e que o nível de consumo e quase zero. Esses programas respeitam o código de ética dos programas infantis.

 

 

Nos programas infantis, produzido sob rigorosa supervisão das emissoras, serão preservadas a integridade da família e suas hierarquias, bem como exaltados os bons sentimentos e propósitos, o respeito à lei e as autoridades legalmente constituídas, o amor à pátria, ao próximo, à natureza e os animais.”

 

Código de ética da Televisão brasileira

 

A televisão é uma forte de informação popular entre os meios de comunicação que exerce maior influência no cotidiano familiar. Milhões de pessoas, na maioria das vezes, buscam informações, entretenimento ou até mesmo algum tipo de instrução nesse aparelho. Dessa forma, os programas mais populares e de maior audiência são os que mais exercem poder sobre as pessoas, ainda mais sobre as crianças.

 

 Na maioria das vezes quanto menor a renda e instrução familiar, maior a admiração por artistas e seus produtos que se tornam abjetos de desejo das crianças.

 

De acordo com, Elmo Francfort Ankerkrone, antigamente na era do rádio as mães já usam como babás, as canções acalmavam as crianças, mas quando percebiam que estavam sozinhas elas choravam. Quando surgiu a TV, foi um alivio para as mães, pois elas já ligavam o aparelho e colocavam a criança em frente ao mesmo.  Francfort também mostra um detalhe interessante, falando que desde de pequena a criança começa a estimular sua criatividade somente da televisão, e dá também um exemplo importante. Ele mostra as vezes deixam de brincar na rua ou no quintal, deixando de descobrirem coisas novas, pois a televisão já dá tudo pronto para elas.

 

“ Muitas mães começam a ligar a TV perto dos bebês e foram pra cozinha, aí quando viram que ele estavam quietinhos assistindo TV. Com certeza é uma razão para que hoje tenhamos dado o apelido de  “Babá eletrônica” à televisão.”

 

                                                                                                                      (Elmo Frncfort Ankerkrone                                                                                                                   Htt://www.sampaonline.com.br/colunas/elmo/coluna2001set07.htm)

 

 

 Ele dá destaques nos desenhos violentos, mostrando a diferença dos te antigamente com os de hoje. Dando exemplos que por mais violentos que o desenho animado demonstrava ser, não mostrava o que os de hoje mostra.

 

“Os desenhos atuais não tem a inocência dos antigos, independente se eles pareçam ser bonzinhos ou não... Um ursinho carinhoso por mais bravo que possa ter ficado, não provoca o mínimo de violência que um Pikachu é capaz...”

(Elmo Francfort Ankerkrone)

 

 

Terminando seu texto ele não radicaliza a televisão, ele mostra seu lado positivo também, cita que ela pode mostrar e ensinar e até vivenciar, coisas que muitos não iram poderão conhecer pessoalmente, como um outro país distante, uma outra cultura e assim por diante.

 

4. CONCLUSÃO

 

 

Achamos muito válida a produção da reportagem mostrando um pouco do universo infantil, da pedagogia, psicologia e dicas. Temos interesse em posteriormente planejarmos um projeto infantil em formato audiovisual para oferecermos às emissoras de TV com uma linguagem da própria criança e com desenhos e muitas mensagens educativas.

 

Por já produzimos produtos infantis, queremos aprofundar nos trabalhos que envolvem este público. Foi muito válido e prazeroso adaptarmos o produto com o tema, uma vez que temos paixão por TV e paixão por assuntos infantis.

 

Verificamos o caráter psicológico do excesso da televisão pelas crianças, os problemas causados por um meio de comunicação que está dentro da residência da criança. Os Programas infantis proporcionam sonhos e formam  opiniões.

 

Achamos que é uma responsabilidade social dos meios de comunicação que interagem com o público infantil, que se deve ter muito cuidado nas abordagens e linguagens. As mensagens nas entrelinhas de violência, por exemplo, podem desencadear problemas futuros; comer em frente a televisão pode causar obesidade e o uso excessivo da televisão pelas crianças pode causar problemas psicológicos.

 

Não temos a pretensão de numa única reportagem detectarmos todos os problemas e benefícios de um programa infantil.

 

Verificamos também a perda televisiva para os micros computadores, além da precariedade dos programas infantis na região metropolitana de Belo Horizonte.

 

Em relação ao produto jornalístico, fomos guiados pela nossa orientadora Mirian, por um material didático como livros e sites e por  alguma experiência vivenciada no 7º período de jornalismo como a matéria de TV.

 

Utilizamos técnicas de iluminação, composição de câmera, áudio e técnicas de entrevistas. Não induzimos os entrevistados a falarem aquilo que gostaríamos. Relembramos várias matérias que colaboraram com o contexto de um projeto experimental, como Ética e Documentário.

 

Todas as matérias estudadas durante os quatro anos de jornalismo, de uma forma ou de outra contribuíram para o trabalho final.

 

 

 

 

 

 

 

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

Barbeiro, Herodoto e Lima, Paulo Rodolfo de. Manual de Telejornalismo, Editora Campus, São Paulo – 2002

 

História da Televisão Brasileira, destaques: Programas Infantis. Disponível em <http://microfone.jor.br/hist_infantis.htm>. Acessado em: 07/04/2007

 

Lage, Nilson. A reportagem: teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística, Editora Record, São Paulo - 2005

Stasllff, Bretz, e Gartley. O Programa de Televisão: Sua direção e produção, EPU Editora Pedagógica e Universitária Ltda, São Paulo – 1976

 

Ferréz, Joan. Televisão Subliminar: Socializando através de comunicações despercebidas, Editora, Artmed, Porto Alegre -1998

 

Aronchi de Souza, José Carlos. Gêneros e formatos na televisão brasileira. Summus editorial. São Paulo- 2004

 

HYPERLINK “http://www.mundodatv.com.br”, acessado em 22/04/2007

HYPERLINK “http://www.infantv.com.br”, acessado em 02/03/2007.

HYPERLINK“http://www.microfone.jor.br/hist_infantis.htm”, acessado em 22/03/2007

HYPERLINK “http://www.museudatv.com.br/”, acessado em 02/04/2007. HYPERLINK “http://pt.wikipedia.org/wiki/Televis%C3%A3o_no_Brasil”, acessado em 23/03/2007

HYPERLINK “http://www.consciencia.net/midia/eticanatv.html”, acessado em 02/06/2007

 

 

 

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